quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

You can call me pretty, If you want.

Nunca fui do tipo de pessoa que se apega fácil. Costumo demorar meses, talvez até anos para conhecer e gostar mesmo de alguém. Em suma, não sou fácil de agradar. Acostumei-me a dar importância somente ao que e a quem é realmente importante.
A primeira vista, muitas pessoas parecem ser interessantes. Mas quase nunca são. Sinto como se tivesse encontrado um tesouro que há muito havia sido perdido, agora que encontrei as pessoas que, com certeza, são as mais importantes de todas que um dia eu possa ter conhecido. Em especial, há uma que me faz ver o mundo de forma mais brilhante. Que me faz questionar como fui capaz de aguentar por tanto tempo, como pude viver até agora sem os prazeres de estar apaixonada.

Eu quero amar bonito.
Quero que tu me ensine, quero que tu me ajude.
Quero fazer do nosso amor o mais belo de todos, mais belo, inclusive, que dia de chuva e noites de luar.
E que seja mais brilhante que o sol.
"Que seja de verdade, mas que não deixe de ser. Minha certeza."

Pode ser que esteja totalmente enganada (o que não seria novidade)Pode ser que seja precoce. Mas agradeço do fundo de minha alma ao destino, por ter posto você em minha jornada.

Pode ser que seja para sempre. Pode ser que acabe amanhã. Mas mesmo assim, obrigada.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Como prometido, eu voltei.

Dessa vez, posso dar-me o luxo de dizer que estava certa. Posso encher meus pulmões de ar e gritar, ao menos dessa vez, que as coisas deram certo. A muito tempo espero. Espero pela minha sorte, pela minha felicidade, pelo meu amor. Ao perceber-me totalmente nostálgica lendo textos e vendo fotos de quase um ano atrás, abri meus olhos para o que está de fronte a mim, encarando-me.
Depois de quase um ano confiando naquele fiozinho de esperança, na fraca intuição de que tudo iria funcionar, hoje vejo que realmente funcionou.
E a dor durou. Por tanto tempo. A dor sempre esteve lá, lado a lado a esperança. Ambas foram abafadas pelas demasiadas emoções geradas pelos mais diversos momentos vividos por mim. Eu sempre soube exatamente onde elas estavam, por várias e várias noites me perturbaram, gritaram e fizeram de tudo para que eu as externasse. Para que eu desse um fim naquilo tudo.
Porém, nunca fui capaz. Não saberia se foi por falta de coragem, ou por puro acaso. Mas hoje agradeço por não ter dado um fim em nada, por ter deixado esse parênteses aberto.
A muito tempo escrevi, -torcendo para que isso fosse verdade-, algo que dizia que a distância somente separaria o concreto, pois nossas almas continuariam lado a lado, de mãos dadas.
Embora jamais tivéssemos nos dado conta, foi o que aconteceu.

Esperei-te calmamente. Esperei tua chegada toda a manhã, e finalmente pude te receber como tu merece.
A espera... Foi difícil, mas passou.
Sempre passa.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Bleed though.

Está calma, a minha casa. Seu silêncio é meu lar. Tudo relembra-me que estou sozinho.

Está tudo quieto onde você costumava ficar. Agora que você se foi, não há um som, uma palavra, só o tom de discagem.

Tudo quieto enquanto bebo, tudo quieto enquanto fumo.
Quieto enquanto como e enquanto durmo sozinho.


Calmo, era tão agitado.
E eu continuo parado como um pedra. Só nos meu sonhos você pretende vir.

Toda vez que pego uma caneta, eu penso em você.
Ao meu lado no espelho, o que vejo é você.
Páginas viram tão rápido que até esqueci-me de lê-las.
Por isso, suas palavras sangram, sangram até o fim.

Shadow

A Penélope, ausente e à traição, uma inimiga demasiado
poderosa para mim. Invisível, imagino-a perfeita, uma luz em cuja
sombra me perde, indigna, vulgar, tangível. Nunca julguei possível que
pudesse odiar tanto, e tão contra a minha vontade, alguém que nem
sequer conheço, que nunca vi uma única vez. Suponho que,
caso a encontre cara a cara, caso verifique que ela é de carne e
osso, o seu feitiço se quebrará e o meu Miquel voltará a ser livre. E eu
com ele. Quero acreditar que é uma questão de tempo, de paciência.
Mais tarde ou mais cedo, ele há de contar-me a verdade. E a verdade
há de fazer-me livre.

Trecho do livro: A sombra do Vento